CNPJ: 41.054.521/0001-09
Filosofia Ubuntu: a urgência de filosofias
para descolonizar pensamentos
Curso de introdução à Filosofia Ubuntu, no qual os principais objetivos são apresentar os aspectos fundamentais da Filosofia desenvolvida pelos povos do grande grupo etnolinguístico Bantu, assim como refletir sobre epistemologias que possam nos auxiliar no processo de "Descolonização do Pensamento".
Pensadoras/es de(s)coloniais, ponderam que nosso modo de pensar reproduz uma lógica colonial. Esta lógica, seria fonte de inúmeros problemas que se perpetuam ao longo dos tempos, tais como o avanço dos genocídios contra as populações negras e indígenas, o crescimento das desigualdades sociais e o aumento no índice de homicídios e violências cometidas contra pessoas LGBTQIA+.
Em cinco encontros iremos refletir sobre epistemologias que possam nos auxiliar nos processos de “de(s)colonização do pensamento”. A Filosofia Ubuntu será o eixo condutor do curso, porém, será apresentada sempre em diálogo com pensamentos desenvolvidos por Filósofas/os e Intelectuais negras/os, de(s)coloniais e/ou indígenas, tais como Abdias Nascimento, Grada Kilomba, Ailton Krenak, Sobonfu Somé, Wanderson Flor do Nascimento, bell hooks entre outras/os.
Existem dois motivos fundamentais que fazem com que a Filosofia Ubuntu seja o eixo condutor do curso:
Um deles, é o fato de que pesquisadoras/es, arqueólogas/os, historiadoras/es, linguistas, etnógrafas/os e geneticistas, afirmam que em mais de cinco mil anos (a partir de 3.500 a.E.C), os falantes de línguas Banto estabeleceram comunidades na maior parte da África Subsaariana. “Este é um dos maiores conjuntos de migrações – em escala e duração do tempo – conhecido em todo mundo”. Durante este período, os falantes de línguas Banto, desenvolveram economias, sistemas políticos, ideologias religiosas, práticas culturais e tecnologias como, por exemplo, a construção de canoas; a pesca com anzóis, armadilhas e cestas; a agricultura mista; a cerâmica; e a apicultura. Pesquisadoras/es consideram que as expansões e os desenvolvimentos tecnológicos realizados pelos povos falantes de línguas Banto, foram de suma importância para o desenvolvimento da história mundial.
Outro motivo fundamental, é a influência que os povos falantes de línguas Banto exerceram/exercem sobre nossa cultura. Segundo Nei Lopes, os povos de origem banta, foram os que mais interagiram com o indígena brasileiro. O intelectual escreve que “de todas as culturas que vieram formar a nação brasileira, nenhuma delas compreendeu melhor o indígena e sua relação com a natureza e sua ancestralidade do que as oriundas da África. E, entre elas, as culturas dos povos bantos em especial”
"todos os seres da natureza, inclusive plantas e animais, são sempre entendidos como forças vivas, por sua vez, formam uma cadeia, da qual toda pessoa constitui um elo vivo e passivo " - Nei Lopes
INFORMAÇÕES SOBRE A 7ª EDIÇÃO
• Encontros:
- O curso será realizado em cinco (05) encontros.
- Serão disponibilizadas duas turmas.
* terças-feiras: 09, 16, 23 e 30 de agosto e 06 de setembro. Turno: Noite (19h às 21h)
* sábados: 13, 20 e 27 de agosto e 03 e 10 de setembro. Turno: Manhã (15h às 17h)
- Os encontros serão realizados exclusivamente de forma remota, isto é, por meio digital, através da plataforma Google Meet (os encontros serão gravados e permanecerão no Drive da turma por um prazo de 30 dias após o último encontro).
- Certificados (curso livre) de 16h/aula: sendo 10h de encontros online e 6h de apontamentos individuais de leitura.
• Investimento:
Pensando as assimetrias de poder (levando em consideração as desigualdades fomentadas pela estrutura racista no qual está alicerçada a sociedade brasileira), propomos uma colaboração equitativa.
* Pessoas racializadas ou cujo acesso é programado a partir da cor da pele pagam: R$ 80
* Pessoas não racializadas ou cuja cor da pele não fecha portas pagam: R$ 120
Vagas limitadas.
• Facilitador:
Nascido em Fortaleza (CE). É poeta; pesquisador de Filosofia Ubuntu e De(s)colonialidades; idealizador do Projeto Descolonizando Pensamentos; Idealizador do Grupo de Estudos Rotas de Fuga; idealizador da Pluriverso Edições Independentes; pesquisador do Rekhet - Núcleo de Pesquisa em Filosofia Antiga Africana - Geru Maa - Laboratório de Africologia e Estudos Ameríndios UFRJ; produtor cultural; estudante do curso de licenciatura em Filosofia pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Relatos das/es/os alunas/es/os
*clique nos vídeos para assistir ao relato de algumas/ns de nossas/es/os alunas/es/os
Fabiana Vieira Costa
Professora e pesquisadora
Instragram: @costa.fabi.vieira
e-mail: fabivieiracosta@gmail.com
É licenciada, mestra e doutoranda em Filosofia (UFOP). Desenvolve pesquisas estético-políticas a partir da perspectiva da teoria crítica e do pensamento contemporâneo, atualmente investiga pela via da Nova sensibilidade, da Filo-práxis Ubuntu e da Pluriversalidade do Ser a emergência de Sensibilidades Decolonizadas.
Viviana Costa
Assistente Social
Instragram: @viviana_valeriani
Formada em Serviço Social pela Universidade de Brasília. Atualmente é assistente social no Ministério Público Federal em São Paulo, atua na área de saúde, e em programas de qualidade de vida no trabalho. Faz parte da Banca de Heteroidentificação em processos de seleção de estagiários.
Ana Paula Campos
Educadora e escritora
Instragram: @camposapnc
mãe, educadora, escritora, primeira colunista negra no RN, pesquisadora , feminista negra, afrocentrada, contadora de histórias pretas, consultora.
Tábatta Iori
Artista da cena e arte-educadora
Instragram: @ser.e_ia
Angoleira de capoeira e de axé, tem a prática de danças e manifestações afro-brasileiras como direcionamento para seu treinamento e atuação em circo. Atualmente é mestranda do curso de pós graduação em artes cênicas da UFOP/MG onde pesquisa a capoeira angola como base para o desenvolvimento de uma pedagogia decolonial para o ensino das artes circenses.
Camila Nascimento
Terapeuta integrativa familiar
Instragram: @camila_aymila
Pós graduada em Terapias Naturais pela Unipaz. Atualmente atua como Terapeuta Integrativa e Facilitadora de Círculos Femininos e Xamanismo.
Katiuscia Lucas Severino
Yakekere do Ilê Axé Òbá Labí e professora de língua portuguesa
Instragram: @ya_prof.katiuscia.lucas
Mulher de Terreiro, Yakekere do Ilê Axé Òbá Labí, filha de muitas mães, mãe de uma comunidade, corpo encantada pelas águas, Professora de Língua Portuguesa da Educação Básica, Mestre em Linguagens na área de Análise do Discurso FFP-UERJ, Pesquisadora em educação antirracista, Sonhadora, faladeira, arretada, mulher que empunha espada e na luta sempre.